Olga Tessari

Quando a ex vira um fantasma

Entrevista com © Dra Olga Inês Tessari

*Veja indicação de outros textos para leitura ou vídeos no final da página

Quem no mundo não carrega uma pedra ou mais no sapato? 

E a vontade mais latente dentro de nós em relação a isso, com certeza, é de retirar essa bandida e arremessá-la o mais longe possível de preferência para fora do planeta. Com a ex do seu marido ou namorado pode acontecer a mesma coisa: um ávido desejo de vê-la entrando em órbita e de preferência numa galáxia bem distante. Mas, infelizmente, isso não passa de um sonho com poucas chances de realização, porque a quantidade de ex que exerce a função de astronauta é ínfima. Então, a solução mais pé no chão é tomar altas doses de digestivos psicológicos e tentar engolir. 

Ter que suportar aquela megera que insiste em não largar o osso, não é uma das tarefas mais fáceis da vida de uma mulher. No entanto, passar pelo martírio de aturar a ex do seu atual é algo tão comum quanto querer se livrar dela. A ex-mulher do meu marido é daquelas que abre o livro da baixaria já no final. Xingamentos no telefone, desligar na cara e falar mal de mim pra todo mundo é rotina dela. Já fiquei muito chateada e inclusive cheguei a entrar nesse tipo de jogo, mas, hoje, vejo que tenho mais importância na vida dela do que ela na minha, conta a nutricionista Letícia Pousas. 

Só que nem sempre se desvencilhar das obsessões de uma mulher deposta é uma questão de opção. Como aconteceu com a professora de inglês Taís Castro de Oliveira, que por mais que tenha ficado na sua, conheceu na prática o ditado se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé. Ela ligou pra mim e levou um fora, claro! Não satisfeita, a louca veio até minha casa e na hora em que eu abri a porta veio com tudo pra cima de mim, parecia um cachorro feroz. Foi o maior barraco! Os vizinhos, a minha mãe, o meu namorado, todo mundo veio apartar, lembra Taís que, apesar de tudo, conseguiu que a revoltada criatura cantasse pra subir e deixasse o casal em paz. Já estamos com a data do casamento marcada e ela, finalmente com outro. Mas quando nos esbarramos por aí sinto que rola um olhar de ódio por parte dela e confesso que da minha também, diz.   

Mas nem todas as ex utilizam uma estratégia ofensiva de guerra. Existe aquele tipo que faz questão de bancar a pacifista pela frente, pra bombardear por trás. A ex-mulher do meu marido é campeã em matéria de falsidade. Um dia, ela senta na nossa mesa numa festinha de família e fica colocando cerveja no meu copo. No outro, a filha dela pede pra eu não encostar nela porque sou suja e diz que foi a mãe quem falou, relata a secretária executiva Adriana Braga. Para a psicóloga Graziela Zlotnik, um bom esquema de defesa seria o de solidificar as fronteiras que cercam a relação. Você tem que procurar construir junto com seu parceiro fronteiras para o relacionamento. Se existem limites bem definidos na relação, pessoas invasivas não terão acesso a vocês e, por conseqüência, não ocuparão um lugar importante na vida do casal, ensina. 

E mesmo com a assombração batendo à porta, não se deve jogar a culpa no outro pela insistência da dita cuja em encarnar em vocês. Não se deve brigar com o marido ou o namorado, mas mostrar a ele, com jeito, que ela está fazendo isso ou aquilo de propósito para atrapalhar. Discutir por causa dela pode dar a ele uma impressão equivocada a respeito da situação, que não são exageros dela, e sim ciúmes seus, adverte a psicóloga Olga Inês Tessari, aconselhando ainda que a conscientização de que a ex não é sua é muito importante. O que deve ficar claro é que a ex-mulher é dele, então o problema também. Por isso que tentar resolver os problemas para evitar que ele tenha contato com ela, por insegurança, é errado. O que acontece na maioria das vezes é que ficam as duas se engalfinhando enquanto o marido fica de fora assistindo e se achando o máximo, afirma a psicóloga, acrescentando que uma boa medida para lidar com as turbulências que a ex causa ao relacionamento é a terapia de casal. 

Entretanto, algumas mulheres que exercem a qualidade de ex justificam que essa fama toda de bicho-papão pode não passar de pura implicância, nesse caso do ex e de sua atual mulher. Qualquer coisa que se tenha para falar a pessoa já acha que é para atrapalhar, porque já está com prevenção. Eu não tenho o menor interesse no meu ex-marido, no entanto, a mulher dele não pode nem ouvir minha voz, garante a veterinária Andréia Zanon. A psicóloga Graziela Zlotnik afirma que o que deve ser feito pela atual mulher é tentar entender melhor a história da separação do marido. Rever o que fez acabar a relação deles pode ajudar a exorcizar o fantasma dela. E a perceber que aquele fantasma não passa de uma fantasia, diz Graziela. Olga Inês concorda: Tudo depende da forma como terminou, se foi ela quem encerrou a relação ou ele. Mas caso tenha sido ele, a pessoa deve levar em consideração que o marido está porque quer com ela e não com a ex. Portanto, se você sofre com a ex dele, não se desespere: porque caso ela não fosse tudo isso que você abomina, talvez ele ainda estivesse ao lado dela e não ao seu. 

Matéria publicada no site Bolsa de Mulher e no Jornal Folha do Estado por Marcella Brum

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